quinta-feira, 26 de maio de 2011

PIMENTA NOS OUTROS É REFRESCO

Pimenta Neves, assassino confesso e condenado da jornalista Sandra Gomide está na cadeia, mas a jornalista está morta. A pena dele será encurtada porque ele já tem mais de setenta anos, mas quando matou a jornalista, covardemente, pelas costas, tinha pouco mais de sessenta; também porque ele é "cardíaco", mas ela está morta e sua família está morrendo aos poucos de tristeza, saudade e revolta; e também porque ele tem os melhores escritórios de advocacia do país trabalhando em sua defesa. Na minha opinião, os melhores escritórios de advocacia não deveriam contribuir para esse tipo de injustiça, não só pelo crime que ele, Pimenta, praticou, mas pelo exemplo que dá. Matar, neste país, virou brincadeira de criança; qualquer pessoa, que tenha dinheiro, claro!, por birra, ciúme, ou qualquer motivo fútil, pode matar, porque terá sempre o apoio dos escritórios, que se dizem os melhores. Eu achava que os advogados existiam para nos defenderem das injustiças, hoje penso que existem para ganhar dinheiro, seja de que forma for, e é por isso que bandidos, traficantes de drogas, matadores, HOMOFÓBICOS, políticos, estão todos soltos por aí. E nós, pagamos por isso tudo.

terça-feira, 24 de maio de 2011

AGORA É NA COLOMBIA...

Esquecido - 2011

Brotado - 2011

Paquera - 2011

Volto já! - 2011

Fidelidade - 2011


Postais enviados ao International Mail Art Project - Colombia -, para atender à Tercera Convocatoria de Arte, com o tema COSAS de MUJERES.
Não sou só eu não, tem mais gente por lá...Dá uma olhada...

domingo, 22 de maio de 2011

EU NÃO FUI, MAS MINHA ARTE ESTÁ LÁ...

Olhar afetivo...

Postal enviado à Argentina, para atender à Convocatória de Arte do Sobre-Citos...junto com um monte de gente bacana...Olha lá...

quinta-feira, 19 de maio de 2011

EDUCAÇÃO PARA QUÊ?



Recebi este vídeo da minha amiga Francisca Dantas, a quem agradeço muitíssimo. Aliás, preciso agradecer muitíssimo a todas as minhas amigas queridas que não me esquecem nem nesses momentos em que estou tão ausente, tão ocupada com minhas ocupações arte-educativas...hehehe...que eu adoro, mas que me consomem todo o tempo e energia...não faço mais nada na vida. Então tenho e preciso agradece às minhas amigas Ângela, Aline, Cris, Beth, Francisca(s), Laís...meu deus, não tem espaço aqui para todas, mas tem muito espaço no meu coraçãozinho de mãe e arte-educadora.
Posto este vídeo porque ele é bárbaro e reflete a realidade de todo o país, mas só uma nordestina arretada para ter coragem de expor e se expor. Nós, nordestinas e nordestinos, não somos só acima de tudo "um forte", somos gente séria, nos preocupamos com educação de verdade. Preocupa-nos o futuro.
Estive pensando esses dias, descrente de tudo, pois, se este governo que aí está, agregando-se o legislativo e o judiciário, é formado por pessoas que, em princípio, pela faixa etária, tiveram um educação doméstica pautada pela ética, pelos bons modos, pelo respeito e honestidade, está conduzindo o nosso país da forma como está, vide momento Palocci e Bandarra, imagine o futuro, comandado pelos filhos e filhas desses?! Que exemplo têm as filhas e filhos desses governantes corruptos, que nem punidos são?
Olho para essa professora, penso nas tantas outras, em mim tb, acompanho a blitz do RN nas escolas do Brasil, e vejo um horizonte bem esfumaçado, na melhor das hipóteses.
As famílias não mais educam suas crianças para respeitarem a escola e professoras/es, os pais parecem não mais se preocuparem com o exemplo que deixam para filhas e filhos, todo mundo só pensa em se dar bem, não interessa "em cima" de quem.
Isso tudo se reflete no comportamento das crianças dentro das escolas.
Imaginem, se forem capazes, um governo daqui a vinte anos, talvez menos até.

terça-feira, 17 de maio de 2011

"FAÇA BONITO"

"FAÇA BONITO. Proteja Nossas Crianças e Adolescentes”


É uma campanha nacional contra o abuso sexual à crianças e adolescentes. O dia 18 de maio é consagrado como Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes. Para amanhã, a campanha convoca a todas e todos que vistam, ou carreguem alguma coisa, laranja e amarela, divulguem nas redes sociais e visitem os sites que divulgam a programação para cada estado. Basta consultar o Google com o tema: FAÇA BONITO. 
Aproveite e faça bonito contra qualquer tipo de abuso a qualquer ser.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

"FALTOU ALGUÉM NO VELÓRIO DO ZÉ"

Recebi este texto de minha amiga Cris; é longo, mas a gente aguenta, aliás, aguentamos tudo, somos brasileiras e brasileiros.
Faz uma comparação entre os contextos Mitterrand e Zé Alencar.
Leia até o final...

FALTOU ALGUÉM NO VELÓRIO DO ZÉ

José Ribamar Bessa Freire

03/04/2011 - Diário do Amazonas

Os dois morreram com a mesma idade: 79 anos.

Os dois foram abatidos pela mesma doença maligna contra a qual lutaram bravamente por um longo período.

José Alencar (1931-2011), vice-presidente do Brasil, câncer no intestino. François Mitterand (1916-1996) presidente da França, câncer na próstata. Ambos tiveram funerais solenes com pompa de chefe de Estado. No velório do francês, porém, foi registrada uma presença, que esteve ausente no enterro do brasileiro.

Quase 15 mil pessoas desfilaram diante do corpo de Alencar, velado no Palácio do Planalto, em Brasília e, no dia seguinte, no Palácio da Liberdade, em Belo Horizonte, com direito a desfile em cortejo fúnebre, limusine preta, celebração presidida pelo núncio apostólico, honras militares, 21 tiros de canhão, bandeira a meio mastro, luto oficial. Alguém, no entanto, sentiu a perda, mas não foi aos dois palácios. Quem?

Estavam lá a presidente Dilma Rousseff, quatro ex-presidentes, entre os quais Lula, ministros, senadores, deputados, juízes, governadores, autoridades civis, militares e eclesiásticas, políticos de todos os partidos, gente do povo. Enfim, todos os poderes constituídos. O comandante do Exército, general Enzo Peri, lembrou que o morto, quando jovem, havia feito ‘tiro de guerra’: “Nós sentimos profundamente. Era um grande patriota, amigo das Forças Armadas”.

O médico do ex-vice-presidente, Raul Cutait, declarou que Alencar era “um exemplo de paciente”. Ele teve “um papel quase que didático em relação ao câncer”, confirmou Josias de Souza, colunista da Folha de SP. Efetivamente, o Brasil inteiro acompanhou, solidário, a luta daquele mineiro de Muriaé, corajoso, esbanjando a disposição de um touro, sempre com um sorriso descontraído depois de cada uma das inúmeras cirurgias a que foi submetido. Era duro de queda, o Zé. Dava a impressão de ser imortal.

“Ele levou esperança a milhares de pacientes, abriu discussão sobre os avanços no combate ao câncer, ensinou ao Brasil a fé, a coragem no enfrentamento à doença e a importância fundamental da família e dos amigos para o sucesso do tratamento” - disse Luciana Holtz, presidente do Instituto Oncoguia. Na sua fala, nada foi dito sobre uma pessoa, ali ausente, que não havia recebido essa injeção de esperança.

Ritual do Poder

De qualquer forma, quem teve alguém próximo com câncer – e quase todo mundo teve alguém próximo com câncer – se sentiu unido a José Alencar. O Globo registrou muitas mensagens de mulheres e homens comuns como Sidney Tito – “Adeus Zé, Deus te receberá com honras destinadas aos humildes, aos bons e aos justos” – ou Fátima Cremona – “O Brasil perde um grande guerreiro”.

Até mesmo adversários não hesitaram em entrar na fila de cumprimentos no velório, entre eles o ex-presidente Itamar Franco, classificado como “péssimo caráter” por Alencar em depoimento a Eliane Cantanhêde, autora de “José Alencar, Amor à Vida”. Itamar não chegou a chorar, como Lula, mas provou que mineiro é solidário no câncer, como queria Otto Lara. Outro ex-presidente, José Sarney (vixe, vixe!), com ar compungido, moveu o bigode de ratazana e se pronunciou:

- “No meu tempo, não vi um político ser objeto de opinião tão unânime e receber uma solidariedade tão sem contrastes de todos os segmentos da sociedade quanto José Alencar”.

Será? O senador Aécio Neves concordou e, crente que o purgatório de Alencar foi aqui na terra, despachou-o direto pro céu:“O Criador deve ter dito: uai Zé, achei que você não vinha nunca”.Ninguém questionaria o sotaque mineiro de Deus se não houvesse um lugar vazio no velório. Mas havia, embora despercebido por pessoas tão familiares como o ex-ministro José Dirceu e a presidente Dilma.

Dilma contou que Alencar a “adotou” quando ela chegou a Brasília, em 2003: “Foi meu segundo pai”. Na mesma linha, Dirceu afirmou, ao sair do velório: “Lula disse que perdeu um irmão. Eu perdi quase um pai”.

Com tal paternidade declarada, não precisa de um estudo profundo sobre estrutura de parentesco para ver que a cerimônia do adeus ao patriarca reuniu toda a quase-família: a esposa dona Mariza, os três filhos Josué, Graça e Patrícia. Além do quase-filho Dirceu, lado a lado de sua quase-irmã Dilma e do seu tio Lula. Só faltou mesmo alguém que esteve nos funerais de Mitterand.

Quando o presidente da França morreu no cargo, foram se despedir dele, na Catedral de Notre Dame, em Paris, cerca de 1.500 personalidades: reis, rainhas, príncipes, presidentes e chefes de governo de quase todos os países do mundo. Mas não foi nenhum deles que fez falta no enterro de Alencar. Quem fez falta foi alguém ainda mais importante, que concentrou todo o foco da imprensa mundial: Mazarine

Mazarine

Mazarine foi registrada com esse nome em homenagem à biblioteca mais antiga da França. É que seus pais adoravam livros. Sua mãe Anne Pingeot era bibliotecária do Museu d´Orsay. Seu pai François Mitterand discutia com intimidade, entre outras, as obras de escritores latino-americanos como Júlio Cortázar e Garcia Marquez, que foram convidados para sua posse.

Acontece que Mazarine Marie, nascida em 1974, era filha de uma relação adúltera. Foi discretamente reconhecida, em cartório, pelo pai, que conseguiu manter o segredo durante anos, até 1994, quando foi revelado publicamente pela revista Paris-Match. Hoje, ela é Mazarine Marie Pingeot-Miterrand, escritora, autora de um romance – Cemitério de bonecas – em que uma mulher mata seu bebê e o coloca num congelador.

Mazarine e sua mãe não foram mortas nem ficaram no congelador. As duas foram convidadas para os funerais pela própria Danielle Miterrand, esposa do presidente, que bateu de frente com o poder e subverteu as normas do cerimonial. Uma foto estampada na primeira página dos jornais do mundo todo mostra Danielle ladeada por seus dois filhos Jean-Christophe e Gilbert, tendo Mazarine e Anne à sua esquerda.

No velório de Alencar, quem ficou de fora foi a Mazarine brasileira, conhecida em Caratinga (MG) como Alencarzinha, uma quase-irmã do Dirceu e da Dilma. Trata-se de uma professora aposentada de 55 anos, que em 2001 entrou com uma ação de reconhecimento de paternidade, reivindicando ser filha de um romance entre José Alencar e a enfermeira Francisca Nicolina de Morais.

Com a mesma teimosia com que lutou contra o câncer, seu quase pai, Zé Alencar, se recusou a fazer exames de DNA e morreu sem reconhecer aquela que diz ser sua filha. Diante da recusa, o juiz da comarca de Caratinga (MG), José Antônio de Oliveira Cordeiro, fez o que manda a lei. Declarou oficialmente José Alencar Gomes da Silva como o pai da professora, que agora passou a assinar, legalmente, Rosemary de Morais Gomes da Silva.

Entrevistado no programa de Jô Soares, em 2010, diante das câmeras e dos microfones, José Alencar não negou que havia tido uma relação com Nicolina, mas disparou um tiro de guerra. Revelou que “como todo jovem na época” era freqüentador das zonas de meretrício das cidades onde morou, insinuando que a mãe de sua eventual filha era uma prostituta e que qualquer um podia ser o pai.

Alencarzinha

Confesso que nutria enorme admiração pela luta de Alencar contra o câncer, mas ela se esfumou quando ouvi sua declaração, digna de um DIRCEU, ultrajante e ofensiva a todas as mulheres brasileiras, virtuosas ou pecadoras, que não mereciam um comportamento público tão machista, mesquinho e vulgar.

Fiquei envergonhado, afinal ele me representava. Não era um quase-pai, mas era um quase-presidente. Nem o insensato coração de Lázaro Ramos (da novela Insensato Coração) foi capaz de discurso tão abominável e covarde, indigno de um homem tão bom, que pelo seu cargo deveria ter um comportamento mais republicano. O pior é que, pelo lugar de onde fala, ele tem um “papel didático” também nessas questões de gênero. Ele está ensinando aos telespectadores, incluindo aí nossos filhos, como um homem deve se comportar com uma mulher.

Alencarzinha assistiu pela televisão à cobertura do velório de um homem poderoso, rico, com grandes qualidades, mas asquerosamente machista. “Não fui a Belo Horizonte porque não ia ser bem aceita lá”, ela disse. Judicialmente, podia ter tentado impedir a cremação para realizar o exame de DNA, pelo qual tanto lutou. Mas não o fez. “Queria ter conversado com ele em vida, para mostrar quem eu sou, a filha que ele tem, todo pai gosta de conhecer a pessoa que ele colocou no mundo. Agora, não adianta mais”.

Danielle Mitterand recebeu criticas impiedosas pela presença de Mazarine e Anne Pingeot nos funerais do presidente francês. Num belo texto que tornou público, ela condenou a hipocrisia e o conformismo, dizendo que um homem ou uma mulher sensível podia se enamorar e se encantar com outras pessoas: “É preciso admitir docemente que um ser humano é capaz de amar apaixonadamente alguém e depois, com o passar dos anos, amar de forma diferente”. Ela fez um apelo:

- “Aceitei a filha de meu marido e hoje recebo mensagens do mundo inteiro de filhos angustiados que me dizem: - 'Obrigado por ter aberto um caminho. Meu pai vai morrer, mas eu não poderei ir ao enterro porque a mulher dele não aceita' (...). Espero que as pessoas sejam generosas e amplas para compreender e amar seus parceiros em suas dúvidas, fragilidades, divisões e pequenas paixões. Isso é amar por inteiro e ter confiança em si mesmo".

Foi essa generosidade que faltou no enterro de Alencar.

Fim do texto.

O artigo fala, de forma muito simples, de algo que acontece tão corriqueiramente que já se acha normal, como se normal fosse a mesma coisa que comum. Muita gente há de dizer: que bobagem, isso acontece todos os dias...É assim. Só que não precisa ser assim, só que não pode continuar sendo assim. Não enxergamos até onde vai o problema, só sabemos de sua origem, e porque é antiga, vai acabar naturalmente; só que nada acontece naturalmente nesses casos; as conquistas das mulheres, dos negros, dos "diferentes" afinal, não vieram naturalmente.
O Zé, a que se refere o texto, depois que morreu, como todo famoso, virou santo, guerreiro, lutador, ícone, dono da bola, quando, na verdade, foi apenas um homem de muita sorte e recursos. Lutou contra o câncer durante anos com coragem e bravura? Sim! E com muito conforto, apoio e qualidade no atendimento. Guerreiras, bravas, santas e lutadoras são aquelas pessoas que lutam contra um câncer nas filas do SUS, nos hospitais públicos, morrendo em macas pelos corredores imundos, sem o apoio do governo, coisa que o Zé teve muitíssimo, às nossas custas.









sexta-feira, 6 de maio de 2011

BANDARREIRA III

Pois é, Bandara e Débora (a falsa doida), não serão mais afastados do trabalho. Não sei o que é pior: se aposentados precocemente e vivendo as nossas custas, ou lá, direto na fonte.

terça-feira, 3 de maio de 2011

ENQUANTO NÃO HÁ CORPO....

Pois é, enquanto não há corpo, não há morto...Está na Lei.
Obama que se cuide, pois enquanto não há morto, não há voto. Estão pensando que americano é como brasileiro, que acredita em toda lorota presidencial?
Esses "primeiros"...Não sei não. Primeiro presidente negro, primeiro presidente "operário", primeiro presidente mulher...Só fazem confirmar a máxima (ou mínima?) de que os últimos serão os primeiros.
Vamos ver.

segunda-feira, 2 de maio de 2011

VANESSA DA MATA...UM SHOW CHEIO DE SURPRESAS.

Na noite do sábado último fomos ao Centro de Convenções Ulisses Guimarães assistir o show de Vanessa da Mata, munidas de nossos ingressos, pagos pela Internet, cada um, pela bagatela de R$ 80,00 + R$ 12,00(taxa de administração) + R$ 3,00(taxa para apanhar o ingresso). Isso mesmo! Para apanhar o ingresso, pelo qual já se pagara R$ 92,00, era preciso pagar mais R$ 3,00...Dá para entender? E isso tudo por meia entrada. Bom, mas se eu não quisesse pagar esses R$ 3,00, poderia pagar R$ 12,00, por cada um, e eles me levariam os bilhetes em casa, mas, atenção: mesmo que eles estivessem levando os dois para os mesmo endereço e ao mesmo tempo, eu pagaria R$ 24,00. A matemática deles é fantástica...principalmente para eles, é claro!
Mas estávamos felizes,  adoro a Vanessa da Mata e queria muito ver esse espetáculo.
No ingresso dizia que o show começaria às 21h e pedia que chegássemos com meia hora de antecedência; como ainda precisávamos pegar os ingressos, chegamos às 20h, para garantir que não haveria qualquer atraso, afinal, a artista merece respeito.
Compramos as cadeiras na área VIP A, área central, com uma distância bastante confortável do palco, e, por isso, pagamos mais caro.
Logo de cara, uma surpresa: as portas da sala só abririam às 21h. Oxi!!! E a que horas esse show vai começar?
As portas abriram um pouquinho antes e aí veio a segunda surpresa: nosso lugar maravilhoso ficava bem atrás da mesa de som, um paredão formado por equipamentos monitorados por uns dez técnicos, a maior parte trabalhando em pé. Essa parafernália toda foi instalada no corredor central da sala, paralela ao palco, atrapalhando a circulação das pessoas, em especial, das portadoras de necessidades especiais; não sei como os Brigadistas/Bombeiros permitiram aquilo...imagina se acontece algum acidente ali dentro?!
Já passava das 21h30 e o show não começava; a platéia começou a gritar e bater palmas, mas nada contecia, os músicos não apareciam...Enfim...
Às 21h50 nós os surpreendemos: ao invés de ficarmos apaticamente sentadas, reclamando para os vizinhos pela demora, os ingressos caríssimos, por nos terem colocado atrás da mesa de som sem que isso constasse do mapa que nos apresentam para escolha dos lugares, levantamos, fomos à bilheteria, devolvemos os ingressos e pedimos nosso dinheiro de volta.
Claro que, então, pediram milhões de desculpas, mil perdões, nos ofereceram os melhores lugares, argumentaram como puderam, crentes de que conveceriam aquelas mulheres que adoram reclamar, mas que qualquer coisinha serve para convencer.
Só não contaram que, para poucas, algumas coisas não têm preço. Posso adorar música, Vanessa da Mata; posso considerar um show como aquele o melhor programa para um sábado, mas nada disso compensa a falta de respeito ao público consumidor; são eles, produtores e artista, que precisam da nossa audiência e do nosso dinheiro, não podemos ser tratadas como idiotas.  Se mais pessoas levantassem, devolvessem os ingressos e pedissem o dinheiro de volta, eles aprenderiam a nos respeitar. Pagamos caro por ingressos que não trazem as informações precisas; mostram um mapa que não informam como estaremos instaladas na platéia, ou seja, se vai ter alguma coisa entre vc e o palco que atrapalhe sua visão; nos fazem esperar mais de uma hora pelo início do espetáculo...O que é isso? Que país é este, já perguntava o profeta.
Eles contam com nossa passividade, que depois, quando a música começar, tudo será esquecido e qualquer meia desculpa basta para mau entendedor.
E assim vamos vivendo: pagamos caro para sermos tratadas como imbecís...e ainda ficamos felizes.