terça-feira, 26 de outubro de 2010

A DEMOCRACIA NÃO ESTÁ NO DNA do PT

A Democracia não está no DNA do PT


Publicado em 22 de Outubro de 2010 às 15h08.
Paulo Renato de Souza

Dois fatos são esclarecedores quanto ao DNA do PT. Nele não está a democracia. Estão o autoritarismo e práticas fascistas. Vejamos: o inquérito da Polícia Federal apontou um “jornalista-araponga” ligado ao PT e à campanha de Dilma como mandante, e pagador, da quebra do sigilo da filha de Serra e de dirigentes do PSDB, cujos dados foram parar num dossiê que o “núcleo de inteligência” da pré-campanha de Dilma estava montando contra o candidato José Serra. Esta é uma prática que vem das ditaduras de Mussolini e Hitler. Nada tem de democrática.

Outro fato nos remete aos tempos dos regimes nazistas e fascistas, cujas “falanges” e “tropas de assalto” espancavam seus adversários. Pois bem no Rio de Janeiro, um grupo de petistas agrediu o candidato José Serra para impedir seu diálogo com os eleitores. Não é a primeira vez que hordas petistas partem para a truculência contra tucanos. O ex-governador Mário Covas chegou a ser apedrejado por petistas. O apelo à violência não é ação espontânea das “bases”. Ela é insuflada por um presidente que prega o ódio e chama a oposição da turma do contra. Aliás, José Dirceu bradava: “vamos bater neles, nas urnas e nas ruas.”

É estarrecedor que o Presidente Lula venha agora acusar o candidato José Serra de farsa em relação à agressão. É uma acusação gravíssima que é desmentida por vídeos que gravaram a cena pública. Não foi uma agressão às escondidas. Lula com sua atitude de blindar os baderneiros está na prática incitando à violência, assim como estimulou a corrupção em seu governo ao passar a mão na cabeça dos mensaleiros e “aloprados”. E ao desqualificar Serra e acusá-lo de farsante está tirando a legitimidade da eleição, no caso de derrota. Lula já está vestindo a pele do Chavez: vencer a qualquer custo.

O Roteiro da Mentira

Há ainda outro traço em comum do lulopetismo com regimes totalitários. Quando surge um delito, primeiro nega o fato e quando sua versão não se sustenta mais, faz a inversão da culpa, transformando a vítima em réu. Após embaralhar as cartas, produz um resultado absolutamente previsível: suas investigações nada esclarecem e culpados não são punidos. Só como lembrete: em 2006, petistas foram presos com uma mala com R$ 1,7 milhão que se destinava à compra de um “dossiê” contra Serra e Geraldo. Até hoje a Polícia Federal não esclareceu a origem deste dinheiro e os autores do crime estão livres, leves e soltos.

No caso da quebra ilegal dos sigilos de familiares de Serra e de dirigentes do PSDB, primeiro a candidata Dilma se disse injuriada, pois sua campanha nada tinha a ver com isto, muito embora a Folha tenha divulgado, em junho, que os dados destes sigilos constavam de um “dossiê” produzido pelo núcleo de inteligência de sua candidatura. A confirmar a notícia, tivemos o depoimento, no Congresso Nacional, de um delegado aposentado da Polícia Federal,informando que em abril teve uma reunião em um restaurante de Brasília com Luiz Lanzetta, então coordenador de comunicação da pré-campanha, e o “jornalista-araponga” Amaury Ribeiro Júnior, que disse ao delegado ter dois petardos contra José Serra. Tanto Lanzetta Como Amaury estavam subordinados a Fernando Pimentel, um dos coordenadores da pré-campanha de Dilma e tido, à época, como o representante direto da candidata.

O PT fez um escarcéu quando Serra associou a quebra do sigilo de seus familiares à campanha petista. Imediatamente, o Ministério da Fazenda soltou uma nota, negando a quebra do sigilo do genro de José Serra, enquanto a Receita se apressou em dizer que quanto ao sigilo de Verônica Serra, sua quebra foi motivada a partir de uma procuração lavrada em cartório. A procuração era falsa, o sigilo do genro também foi quebrado. Aí o Secretário da Receita e o corregedor inventaram uma pérola; a quebra de sigilo dos tucanos e de familiares do candidato não tinha motivo político. Tratava-se tão-somente de um caso de corrupção praticado por funcionários de baixo escalão!

A nova farsa

Ao responsabilizar o jornalista Amaury Ribeiro Jr como mandante e pagador da violação dos sigilos, a Polícia Federal desmentiu a versão da Receita de que tratou-se de um crime comum, desnudando sua motivação política. Parecia que, finalmente, as investigações avançariam. Eis que surge uma nova farsa: a PF deu o caso por encerrado sem esclarecer de onde veio o dinheiro com o qual Amaury comprou a quebra dos sigilos e a quem ele servia politicamente. Ou seja, a Polícia Federal, mais uma vez, evidenciou a sua “incompetência” em levar adiante investigações quando elas contrariam interesses do governo ou do PT.

Mais grave: forneceu munição à coordenação do PT ao deixar vazar o depoimento do jornalista-araponga, que, para não assumir o papel de réu confesso, inventou uma história da carochinha, alegando que agiu para “proteger” Aécio Neves. Era tudo o que a campanha de Dilma queria para promover uma intriga entre Serra e Aécio e dar fórum de verdade à versão de que a quebra de sigilo foi produto do “fogo amigo” entre tucanos! Não somos ingênuos e nessa não vamos cair. O próprio Amauri Ribeiro Júnior acusa um dos coordenadores da campanha de Dilma, o Deputado Rui Falcão, de haver roubado esses dados de seu computador.

É a tal da inversão da culpa, onde, da noite para o dia, a vítima vira réu. A mesma tática está sendo utilizada no caso da agressão a José Serra. Ignorando as imagens do Jornal Nacional, o comando da campanha de Dilma acusou Serra e seus simpatizantes pela violência da qual foram vítimas. Aqui não há como tergiversar. É como disse Dora Kramer: “a tropa que entrou em choque com a campanha tucana no Rio fez o que o mestre ensinou: vale tudo e mais um pouco para tentar ganhar a eleição”. Como mestre, entenda-se Lula.

O Partido dos Trabalhadores não inova nada com seu diversionismo. Outros regimes totalitários fizeram o mesmo, para esconder seus crimes. Em 1933, Hitler, com o objetivo de avançar no seu projeto totalitário, mandou incendiar o Reichstag – o parlamento alemão – e pôs a culpa nos comunistas, o que era uma grande mentira. E em 1939, vestiu soldados alemães com fardas do exército da Polônia para invadir um posto de fronteira e assassinar guardas alemães. Graças a esta farsa, Hitler teve o pretexto para invadir a Polônia e iniciar a segunda guerra mundial. É nesta fonte que os petistas estão se inspirando. No seu DNA não há o gens da democracia.

Disponível em
http://www.defesadademocracia.com.br/2010/10/22/a-democracia-nao-esta-no-dna-do-pt/

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