Exposição Coletiva
Pintura e Desenhos
João Bosco & Eni Ilis
Local: Julie Bakery Café
Rua
Bandeirantes, 415. Cambuí. Campinas.
Data de abertura: 12 de janeiro de 2016 (3ª
feira) ás 17 h
Periodo: 12 de janeiro de 2016 (3ª feira) a 01 de fevereiro de 2016
Data de
encerramento:1º de fevereiro de 2016
Horário do café: 3ª às 5ª feiras, 10
às 20 h, 6ª e Sáb, 10 às 21 h, domingo 13h30min às 18hs.Fechado às 2ª feiras.
João
Bosco 11 pinturas ( Cores Errantes ) e 2 desenhos (da Manequins Urbanos)
Eni Ilis 11 desenhos (geografias
Internas)
Sobre os Trabalhos
João tem em seus desenhos e pinturas, as
características inconfundíveis do artista que controla, e domina por completo,
a figura. Tanto controla, que a desfaz como, e quando bem entende,
permitindo-se distorcer, alterar, abstrair, transformando e reconfigurando o
objeto de estudo que tomou para si, sem cerimônias, seja a figura um modelo
habitual, o manequim de plástico, uma garrafa de uma natureza morta, ou outra
peça qualquer, encontrada na rua, em uma embalagem descartada, ou ainda, quem
sabe, na prateleira de seu ateliê.
O controle desse processo é fundamental para
todo artista que pretende estabelecer o diálogo verdadeiro, primeiro, consigo
mesmo, depois, com a obra que faz, constituindo um vínculo seguro entre a obra,
o autor e o público. Iberê Camargo, por exemplo, em uma fase de sua vida e de
seu trabalho, de maneira recorrente utilizava como mote de suas pinturas os
carretéis de linha usados, provenientes, segundo ele mesmo dizia, de suas
memórias de infância, onde estes simples objetos figuravam entres seus
brinquedos prediletos. Para construir a sua obra marcante e de poderosa
poética, lançou ‘mão deste artifício, utilizando algo que possivelmente não
despertaria atenções maiores se não retirado de seu lugar comum. A obra se materializa vigorosa, portanto,
independente de temas ou modelos. O trabalho nasce desta vontade, deste vir a
ser, ou devir, que acontece decorrente do estado de trabalho árduo; do estar pronto;
um estado de entrega intensa e ininterrupto que é a atividade de todo artista
verdadeiro, como o João.
Em Eni Ilis, percebemos que a força de seu traçado e de
suas linhas reside não na pressão desmedida do lápis, como poderíamos pensar ao
falarmos de força, mas, na delicadeza e no domínio com que trabalha esta
ferramenta tão pouco utilizada em tempos de computadores, celulares, tablets, redes
sociais. É neste suave controle, de uma disciplina rigorosa, que sua linha flui
leve, porém intensa, forte, em um desenho que demonstra a sua segurança ao
fazer. Seu desenho corre sem hesitar e se se retém, em algum momento, é apenas
para demonstrar de forma mais incisiva o que já se sabe. Uma espécie de parada
para reforçar o que se quer afirmar, como quem diz: ei, é isto mesmo que você está vendo?! .As linhas de Eni nos
provocam e conduzem para dentro de seu universo onírico, mitológico, fabuloso e
por que não dizer surreal? Constrói uma realidade suspensa, que nos faz
questionar a nossa própria realidade.
Alexandre Villas Boas
Artista Plastico ,Guarulhos
Curadoria
Marisa
Martins Carvalho
Contato: 19-996073038.
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