Mal acordo e o DF TV me dá a notícia de que, pela primeira vez (ou, nunca antes na história da nossa polícia civil), uma mulher assume o comando da Polícia Civil do Distrito Federal, com todas as promessas de mudanças e investimentos.
Acho estranho que só agora isso esteja acontecendo. Se olharmos em todas as salas, gabinetes, escritórios, salas de aula, hospitais, igrejas, em todos os setores da vida pública deste país, iremos constatar a presença maciça da mulher desempenhando quaisquer cargos e funções que lhes são atribuídas. O que não acontece com frequência é encontrá-las em postos de comando, de decisão, oficiais, ainda que comandem e decidam por trás dos ombros dos que assinam.
Já passou, em muito, o tempo de assumir isso.
O poder sempre esteve em mãos masculinas, e a coisa vai mal à beça. Vamos ver como ficaria/ficará em mãos femininas.
Há que se observar e considerar que pensamos e agimos de forma particular, não somos homens de saia; temos visão e psicologia próprias. Nosso governo terá que ser próprio também. Não há porque querer entender ou explicar, não há o que explicar, Freud tentou e não conseguiu, e sabe por quê? Porque quis nos entender a partir do homem, tomando o homem como referência, e não é o caso. Homem é homem, mulher é mulher, somos duas espécies distintas da raça humana.
Não acredito que essas mudanças representem uma conquista feminina, não é! As mulheres que estão assumindo comandos neste momento não estão conscientes do que está acontecendo, não foram elas que conquistaram esses postos. A presidente do país, por exemplo, por um acaso, teria sido eleita se não tivesse sido lançada e carregada pelo ex-presidente? Qual o preparo e a qualificação dessa mulher para o cargo para o qual foi alçada? Qual sua história política, seu desempenho como governante, qual a sua relação com o povo? Ou alguém acha mesmo que ela foi escolhida pelo povo? Naquela situação, homem ou mulher, qualquer coisa seria eleita; o povo não votou na mulher, votou na indicação, foi um voto de cabresto, sem consciência, nem dela nem dele.
Não é suficiente que seja do sexo feminino para representar as mulheres deste país. A presidente não representa nem a si própria.
Não adianta colocar segurança feminina para enfeitar a posse, não adianta nomear ministras, se elas não souberem que são mulheres e que devem pensar e agir como tal, que não precisam mais obedecer as ordens a que estão acostumadas.
Estou louca pra ver no que vai dar tanta "onda". Quero que dê certo, mas não acredito. Ainda mais qdo lembro que a primeira notícia que tive deste governo, logo nos primeiros dias do ano, é que o caso Erenice, lembram dela?, está resolvido: não existem provas suficientes contra ela. Pergunto: precisavam de mais provas? Porque só o que foi publicado pela mídia já era mais do que suficiente, mas aí eles dão um tempo, dizem que vão "apurar", e depois voltam, em clima de festa, pra dizer que nada foi encontrado. Gente, e o que já estava ali, na frente de todo mundo, não vale? Só sei que no dia da molhada posse, as duas se abraçaram emocionadas, com a expectativa de que tudo será como antes, na história deste país. E isto só mostra que elas não estão agindo e pensando por suas cabeças, estão dando continuidade ao que vem sendo feito por muitos anos, pelo menos, oito.
Bom, quero mesmo que a nova comandante da nossa Polícia Civil consiga, de fato, dar um comando feminino e resolver nossos problemas de segurança; ainda hoje cedo ouvi a notícia do arrastão que foi promovido lá no Pier 21, local onde nossos jovens se reunem e se divertem, e dos assaltos, roubos e furtos de carros nos estacionamentos da UnB. Com a carga tributária a que somos submetidas/os nesta cidade tenho certeza de que se todos os recursos fossem utilizados de forma correta e competente, não estaríamos passando por essa fase de terror no DF.
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